Temos costumes naturais que podem ser prejudiciais ao cérebro. Leia para entender e identificá-los,
Por Agnes Braga
Predominante sobre todas as funções do corpo humano, não é novidade que o cérebro é o órgão mais importante. Complexo, está relacionado à inteligência, memória, linguagem, consciência, raciocínio lógico, cognição e emoção. Assim, desempenha papel fundamental regulando a maioria das funções físicas e mentais.
De forma inconsciente, todos nós criamos maus costumes que se tornam inimigos do nosso cérebro e o prejudicam com falhas. A longo prazo, estes hábitos aumentam riscos de danos cerebrais e podem provocar o surgimento de doenças degenerativas.
Induzindo a prestarmos mais atenção aos hábitos que temos, mesmo sem saber, e que nos prejudicam, confira a listagem que fizemos abaixo para evitá-los:
- Sedentarismo: Exercícios físicos regulares agem no sistema nervoso central em diferentes níveis, reduzindo a ansiedade e o estresse. A falta de atividades físicas aumenta a probabilidade de demência e Alzheimer. Além disso, o sedentarismo pode causar diabetes, AVC (Acidente Vascular Cerebral), doenças cardíacas, pressão e colesterol altos. Movimentar-se melhora a concentração, criatividade, pensamento lógico e pode também elevar a autoestima. Depressão e ansiedade são amenizadas, afinal, o exercício libera dopamina que mantém o cérebro ativo e alegre.
- Dormir mal: Dormir bem é tão importante que especialistas indicam até indutores, se necessário. É durante o sono que o cérebro organiza os pensamentos, se prepara para atividades do dia seguinte, aprimora a criatividade e consolida as memórias do dia anterior. É necessário ter horas regulares de sono. A falta dele pode causar estresse e ser um fator para doenças degenerativas como Alzheimer. O ideal é desligar aparelhos eletrônicos e luzes na hora de dormir, tentar não pensar nos problemas do dia a dia, evitar álcool e cafeína e procurar relaxar.
- Sobrecarga mental: O estresse e agitação frenética diária têm sido muito prejudiciais à saúde mental, isso porque o cérebro tem capacidade limitada de processar atividades e atenções simultâneas. Ao forçá-lo, controlamos emoções e deixamos de estimular algumas áreas, podendo resultar em perda funcional com prejuízos na memória, foco, inflamações, doenças neurodegenerativas, danos celulares e cerebrais. Portanto, separar as informações realmente necessárias, evitar ambientes bagunçados/barulhentos e realizar cada atividade no seu tempo são grandes colaboradores para aliviar essa carga.
- Alimentação errada: Pessoas com o cardápio rico em gorduras, carboidratos, embutidos e componentes químicos têm partes do cérebro ligadas ao aprendizado, memória e saúde mental reduzidas. O equilíbrio é o ponto: comer em excesso, além de deixar as pessoas acima do peso, desencadeia doenças cerebrais, cardíacas, diabetes e pressão alta. Uma alimentação saudável preserva a função cerebral e retarda o declínio mental.
- Isolamento: Nosso cérebro é estimulado através do convívio social, não se trata de estar em multidão, mas da qualidade dos relacionamentos interpessoais que traz a sensação real de conexão. Quem consegue criar esse laço com amigos próximos e específicos geralmente é mais feliz e produtivo. Essas relações são capazes de diminuir significativamente declínio e doenças cerebrais. Fazer atividades que envolvam outras pessoas pode ser um bom começo para estabelecer relações firmes e reais.
- Excesso de tecnologia e notícias ruins: É impossível viver desconectado, celulares e computadores fazem parte do nosso dia e são necessários para a vida pessoal e profissional. O excesso de uso se torna perigoso para assimilar ou mesmo saber a veracidade das informações. Outra coisa que acontece é a “terceirização cognitiva”, quando deixamos de pensar ou lembrar porque sabemos que podemos consultar os aparelhos, chamamos de “sedentarismo mental”. O mesmo se aplica ao consumo de notícias ruins em excesso, assim, serão somente elas que estarão alimentando nossos cérebros com informações negativas e memórias ruins, interferindo na liberação da dopamina (humor e prazer). Achar o equilíbrio no uso da tecnologia e definir quais conteúdos e informações armazenar é o segredo.
Claro que existem outros fatores que podem afetar nosso cérebro como fumar, a rotina que vira mesmice, comodismo e preguiça, pular o café da manhã, ingerir muito açúcar, falar pouco ou mesmo ouvir músicas e áudios em volume muito alto nos fones de ouvido.
Muitos desses hábitos já fazem parte de nós e transformá-los ou mesmo deixá-los exige renúncias, mas são ações necessárias para nossa saúde mental e física e maior qualidade de vida. O Super Cérebro também pode ajudar a estimular sua mente de forma inteligente e divertida. Conheça!