Descubra quais são as consequências reais dessa sobrecarga
Por Agnes Braga
O avanço cada vez mais acelerado da tecnologia, junto com a pandemia de Covid-19 otimizaram a circulação de informações cada vez mais rápidas e de diversas formas.
Nas últimas duas décadas, ficou perceptível que o espaço que a tecnologia tomou na vida das pessoas se tornou cada vez maior e hoje o consumo excessivo de informações é uma realidade inevitável.
O fácil acesso à internet e informações pode agregar ao conhecimento. Cada vez mais as pessoas querem aprender tecnologias novas, se aprimorar, ler, acompanhar as notícias e compartilhar ideias. Considerando tudo isso, já é de se esperar alguma reação na saúde mental da sociedade.
A questão é que todo esse exagero de comunicação e informação pode levar o cérebro a um grau de esgotamento capaz de comprometer a cognição e a memória do ser humano, atrasando ou até mesmo estacionando o desenvolvimento intelectual.
Vivemos a chamada “infodemia” que tem como efeito colateral a “infoxicação”, quando a falta de equilíbrio ao usar e absorver conteúdo tem impacto na saúde mental e emocional dos indivíduos. A dependência de informações gera um vício que causa fadiga, estresse, ansiedade, depressão e exaustão, fatores que geram as comparações e com isso ainda outros sentimentos como insatisfação, angústia, falta de foco, insegurança, insuficiência e, consequentemente, necessidade de imediatismo.
Estudos apontam que o excesso de informação pode estar diretamente ligado a um problema que tem sido recorrente na população de modo geral: a falta de memória (amnésia digital) e à tomada de decisões, comprometendo o bom funcionamento do cérebro.
Isso porque o órgão tem capacidade limitada de processamento e não define prioridades, possui uma espécie filtro que seleciona o que será guardado, lembrado e esquecido, essa prática descarta informações banais e garante espaço para o que é realmente importante. Além disso, por causa dos estímulos que não damos conta de processar, obtemos diversas dúvidas e não conseguimos fazer muitas coisas com excelência ao mesmo tempo, devido ao limite e o fluxo de dados.
Não podemos esquecer que a produção de proteínas responsáveis pela memória está relacionada ao hormônio do prazer e bem-estar e assim, é suscetível a influências e diretamente afetada pelo nosso estado emocional.
Manter-se informado é necessário, mas é diferente de se sobrecarregar de informações e depender somente de apoios externos para lembrar das coisas. Uma das principais causas do fenômeno do esquecimento é a confiança das pessoas, jovens e mais experientes também, em que as informações estão armazenadas em algum aparelho ou plataforma, propiciando comodismo e o uso da internet como extensão do cérebro.
Fica claro que é necessário ter moderação e achar um ponto de equilíbrio, o desafio é filtrar o que realmente interessa a fim de preservar a saúde mental e diminuir a distribuição de notícias falsas, já que o compartilhamento de conteúdo tomou um rumo crescente, intenso e sem muito controle.
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